Há alguns anos atrás, decidimos largar tudo e viajar pelo mundo. Foi assim que iniciamos nossa vida na Ásia, com planos de fazer um mochilão entre a Tailândia e o Laos antes de estabelecer um lugar para ficar por tempo indeterminado.
Durante o roteiro inicial foram 33 dias viajando por lugares ainda desconhecidos. Em seguida, nossa vida começou a ter rotina quando fizemos trabalhos voluntários e a partir daí a experiência de viver fora realmente começou.
O continente asiático é o responsável pelo maior número de viajantes com intoxicação alimentar e insolação. A gastronomia é muito diferente da nossa, feita com temperos fortes, a higiene não é tão levada a sério e o calor é excessivo. O nosso parceiro Seguros Promo é um comparador de seguro viagem que garante os melhores preços. Faça uma cotação e conheça excelentes seguros para a sua viagem, ganhando 15% de desconto usando o código VIAJELEVE15.
Viagem pelo sudeste asiático
Percorremos a Tailândia partindo de Bangkok até Chiang Mai. Depois atravessamos para o Laos onde pudemos conhecer um país novo. Um país muito mais humilde e pobre, porém com uma cultura rica e um povo muito solidário.
Em nosso roteiro pelo sudeste asiático, nós percorremos o Laos de norte a sul e atravessamos de volta para a Tailândia por terra. Descemos para o sul, onde estão Krabi com suas praias e ilhas paradisíacas. Em seguida fomos para Phi Phi Island onde nossa viagem teve fim, mas só terminou porque ali começaria nossa vida na Ásia.
Como começamos a vida na Ásia
Estando no paraíso, porque não passar um tempo lá? Foi então que decidimos morar em Phi Phi, procurar uma casa e quem sabe conseguir um trabalho. Conseguimos um lugar barato para ficar e até conseguiria um trabalho, pois vimos muitas ofertas temporárias pelos bares e restaurantes, mas decidimos não trabalhar para ter mais tempo para o blog.
Foram duas semanas na ilha Phi Phi e depois disso, mais uma etapa começaria: o primeiro trabalho voluntário pela plataforma Workaway. Nós não escolhemos o lugar, mas sim a primeira oportunidade que tivemos pela região. Então, partimos para Khanom Beach, uma praia que mesmo não sendo turística, era ainda assim um lugar legal para morar e trabalhar.
Trabalho voluntário na Tailândia
Juntando a ideia de ficar numa região que é turística, morar de frente pro mar, trabalhar em um reggae bar e viver longe da poluição da cidade grande, estava perfeito. Foi lá que conhecemos a verdadeira Tailândia, com pessoas humildes que não se interessavam em explorar os turistas.
Conhecemos o povo local, aprendemos mais sobre o país e até a falar algumas palavras de tailandês. Também aprendemos a frequentar mercados locais pela manhã em busca de frutas frescas e a nos virar com o que tinha disponível na cidade. Participamos de um casamento tailandês, mesmo não tendo sido convidados com antecedência e essa foi uma das experiências que mais marcaram nossas vidas.
No entanto, o que mais marcou e serviu como a maior lição desse primeiro Workaway foi a de viver com o básico, sem luxo nenhum. Isso porque moramos em um bangalô de madeira no meio de uma floresta que constantemente entrava animais como lagartixas, mosquitos e aranhas, por exemplo. O banheiro era o típico tailandês, onde o chuveiro e a privada ficam no mesmo lugar e claro, a descarga era com o balde e o banho de água fria.
Com 2 semanas já estávamos acostumados com isso tudo e até agradecemos porque depois disso o que viesse pela frente seria mais fácil de enfrentar. Ainda mais porque era possível conciliar o trabalho no bar com o do blog, já que o turno era dividido em 2 e o escritório era de frente ao mar.
Segundo Workaway na Tailândia
Trabalho feito era hora de arrumar outro trabalho, dessa vez em Koh Phangan, a ilha mais baladeira da Tailândia. Apesar disso, ficamos bem longe da região das festas, mas ainda pudemos aproveitar um pouco.
Isso aconteceu porque nós ficamos na parte oeste da ilha, onde ficam as praias mais bonitas, mas elas ficam bem distante da agitação da ilha. Dessa vez o trabalho era para ajudar na edição de um vídeo e como moradia tivemos outro bangalô, só que dessa vez de frente para o mar.
A parte oeste de Koh Phangan é reduto de hippies, escolas de yoga e praias paradisíacas. A paz reina desse lado da ilha mesmo se tratando da ilha mais baderneira da Tailândia e por isso acabamos ficando mais 6 semanas, vivendo no jeito mais simples de todos.
Dessa vez não havia uma cozinha igual no outro trabalho, mas tinha 2 panelas elétricas e esse foi o jeito de se virar cozinhando e economizar uma grana. Muitos dias foram de arroz com ovo, pão com ovo, ovo com ovo e às vezes rolava um hot-dog.
Trabalho voluntário na Malásia
Mais uma experiência de trabalho voluntário se acabava e também era hora de renovar o visto de turista da Tailândia. Foi quando apareceu a oportunidade para um terceiro trabalho voluntário em Kuala Lumpur, a capital da Malásia.
O choque seria grande, tanto pela mudança de ambiente quanto pela cultura do país. Isso porque saímos da praia onde a regra era andar descalço e sem camisa, para viver na selva de pedra. Além disso, teve a outra diferença de estarmos indo para um país de religião islâmica, mais fechado para coisas que achamos normais. Por outro lado, estávamos indo para um lugar que já conhecia algumas pessoas e até tinha amigos locais.
O trabalho desta vez foi em um hostel no centro da cidade e entre as funções que fizemos por lá estava: recepcionista, ajuda na limpeza, alimentar os gatos e as iguanas, regar as plantas e até carpintaria e pequenos consertos.
Dessa forma, tivemos um grande aprendizado e o nível de inglês melhorou muito. A convivência com pessoas de todos os lugares do mundo ajudou muito nisso, ainda mais quando estava na recepção. Só que chega uma hora que só trabalho voluntário não é o suficiente.
Esses trabalhos não pagam nada para nós, pois todos os trabalhos são feitos em troca de hospedagem e às vezes alimentação. Alguns até pagam um dinheiro básico, mas esse não foi nosso caso em nenhum momento. Portanto, começamos a procurar trabalho, batendo de porta em porta onde havia placas com oferta de vagas.
Em pouco tempo nós conseguimos um “bico”, num bar bem próximo ao hostel do voluntariado. Além disso, surgiu a oportunidade de participar de um filme, como figurante onde meu papel era de um marinheiro inglês nos anos 50.
Aproveitando a viagem pela Malásia
Enquanto estávamos em Kuala Lumpur, conseguimos participar de diversos eventos como o Festival das Cores Citrawarna, o festival mais importante da Malásia, bem como fomos ao Grande Prêmio da Malásia de Fórmula 1.
Além disso, fomos a diversos eventos de comida, coisa que é abundante no país. Jantamos no Restaurante do Chef Ismail, o mais conhecido da Malásia. Também subimos na KL Tower para o evento do salto de paraquedas da torre, onde assistimos os paraquedistas saltando, sentado bem na beira da torre, com as pernas balançando para fora a 400m de altura.
Nesse tempo, encontramos velhos amigos e também fizemos novos amigos na Malásia. Vimos que a Malásia é muito mais do que a maioria das pessoas imaginam e que Kuala Lumpur é rica em eventos e lugares que vão além das Petronas Towers.
Tivemos a oportunidade de conhecer mais 2 ilhas da Malásia como a de Penang, em que sua cidade principal, George Town, é recheada de street arts. Langkawi é outra ilha que fica bem na divisa com a Tailândia e é duty free onde tudo é muito mais barato.
Mas chegou a hora de voltar para o lugar planejado desde o início, a nossa segunda casa, Tailândia. E nada como voltar ao paraíso, revisitando um outro paraíso, que consideramos como o lugar mais bonito do país, Koh Lipe. Esta pequena ilha que fica na divisa com a Malásia possui as águas mais claras e as praias mais bonitas na Tailândia.
Concluindo os 6 meses de vida na Ásia
Para finalizar os 6 meses na Ásia, fomos a Koh Lanta, na Tailândia, mas na primeira noite passei mal e fui parar num hospital tailandes. Ainda bem que nós sempre temos o seguro viagem, porque isso pode acontecer a qualquer hora e acho até estranho de não ter acontecido antes. Se tratando de comer com frequência na rua e também se tratando da higiene, acho que sai no lucro de ter ficado mal apenas uma vez nesse tempo todo.
Bom, acho que já deu para perceber que a vida na Ásia foi boa, que a região nos acolheu muito bem e que gostamos muito de viver nesta parte do mundo. A Tailândia é como uma casa e tem tudo que mais adoramos, ficando só atrás do Brasil.
Desapegar de tudo que é material e viver o mais simples possível foi a escolha mais certa que fizemos na minha vida.
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FAZER COTAÇÃOGuia de Viagem da Tailândia
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Com este guia você poderá descobrir lugares fantásticos em toda a Tailândia. Além disso, temos diversos roteiros prontos pelas cidades e ilhas mais turísticas, bem como roteiros inéditos por cidades fora da rota.
Passeios na Ásia
Agora que você já sabe mais uma das nossas histórias e sobre a vida na Ásia, que tal se programar e conhecer os países da região também? Abaixo deixamos dicas e informações sobre os melhores passeios por toda Tailândia, mas ao acessar o Get Your Guide, você encontrará ingressos e passeios pelo mundo todo.
Fala! Muito legal a sua vida por aí! Parabéns pela coragem em viver o que vc ama. Então, tô a fim de passar uns meses com minha família com filhos pequenos por aí (Tailândia, e aceito dicas de outros lugares da Ásia tb. Primeira vez!) mas me preocupo com a higiene.. todo mundo que conheço que foi, ficou doente (vc deu sorte de ficar 1x só, como vc mesmo disse, né? ). Onde seria legal de ficar com um risco baixo nesse sentido, vc acha? Gostaria de ficar numa praia tranquila com acesso a mercadinhos de frutas etc mas onde… Read more »
Oi Lynn, tudo bem? Legal que escolheu a Ásia como casa por uns meses. Então, intoxicação por alimentos varia de pessoa para pessoa. Umas são mais fortes, outras mais fracas. A melhor coisa é procurar bons restaurantes que não vão sair tão caros. Água só beber engarrafada que é bem barato por lá. Eu mesmo quando estava morando em Koh Phangan enchia minhas garrafas em máquinas de água que ficavam nas ruas. Kooh Phangan apesar de ser um ilha festeira, possui praias lindas bem calmas, principalmente do lado oeste da ilha. Esse negocio de comer só coisas industrializas acho meio… Read more »
Muito obrigada, Flavio!
A história de não poder sequer escovar os dentes nas praias do Sul eu li no grupo “Brasileiros na Tailândia ” no face e fiquei assustada, claro…
vc cozinha com a água da torneira, lava as frutas e tudo certo?
Desculpe insistir nesse ponto, mas com 2 crianças pequenas é preciso ser bem cauteloso.
mais uma vez obrigada!
Sempre escovei os dentes com água da torneira. Tem gente que acaba aumentando muito as coisas sem nem mesmo ter ido pra lá.
Pra cozinhas as vezes usava da torneira e as vezes de garrafa. Enchia as garrafas em umas máquinas que custava 1baht por 1,5 litros de água.
Valeu, Flavio!
E ae Flavio!! beleza irmao?? Ja me aventurei pela europa por anos, e agora to no Brasil mas to insatisfeito aqui saca, dai me veio a ideia de por que nao me aventurar pela asia?! Sempre quis ter uma experiencia de vida assim, to me organizando pra chutar o balde aqui e ir rumo a Asia em dezembro desse ano, o que voce me diz? Tipo como eu pretende ir sem data prevista pra voltar queria saber um lugar mais de boa pra eu me fixar.. se puder me da uma luz ai irmao!! abraçao
E ai Fernando, tudo bem?
Po legal cara, a Ásia é fantastica…
Mas tenha em mente que trabalhar ilegal é proibido na maioria dos países, embora muita gente o faça…
O que da pra fazer é ir com uma grana e fazer trabalhos voluntários ou se você tem um trabalho que consiga trabalhar remoto, ai melhor ainda.
Tailândia é barata, não o mais barato da Ásia, mas o que tem boa infraestrutura. Malásia seria outra opção boa, um pouco mais caro, mas ainda assim acessível
Boa sorte na jornada
Abraços
Oi Flavio,
obrigada por todas informaçoes. Gostaria de saber se quando vc entrou na Thailandia, nao te pediram para mostrar uma passagem de saida do pais. Eu gostaria de ir, alias ja estou saindo em abril, mas nao gostaria de decidir ja agora as datas de volta. Como é que vc fez?
Oi Ka
Comprei ida e volta, como sempre fiz e como é recomendado. As chances de não te deixarem entrar no país se não tiver uma passagem de volta podem ser grandes.