Viajar para nós mochileiros nem sempre é o que parece. As pessoas veem aquela foto em uma praia paradisíaca ou passeando pela Europa, mas o que ninguém conta os perrengues de viagem que a gente passa.
Antes de mais nada quero dizer que esse post não é uma reclamação e que se não fossem os perrengues de viagem, não teria tanta graça viajar. É passando perrengue que você aprende muita coisa e claro, economiza muito em uma viagem estilo mochileiro, igual estamos acostumados a fazer.
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Acontece que nesse um ano na Ásia passamos por muita coisa com o intuito de economizar e poder estender cada vez mais nossa viagem. Foram tantas experiências que fizeram a gente sair de uma vida já sem frescura e chegar em um nível de sobrevivência expert.
Até brincamos e dizemos que depois da vida que levamos a gente aguenta qualquer coisa sem fazer muito esforço. Sendo assim, resolvi reunir apenas algumas das situações em que precisamos deixar o glamour de lado e passar aquele perrengue básico.
O continente asiático é o responsável pelo maior número de viajantes com intoxicação alimentar e insolação. A gastronomia é muito diferente da nossa, feita com temperos fortes, a higiene não é tão levada a sério e o calor é excessivo. O nosso parceiro Seguros Promo é um comparador de seguro viagem que garante os melhores preços. Faça uma cotação e conheça excelentes seguros para a sua viagem, ganhando 15% de desconto usando o código VIAJELEVE15.
Alguns perrengues de viagem pela Ásia
Hospedagem
Quem é que já não ficou em um hotel bem fuleiro. Eu mesmo fiquei em vários desde que comecei a viajar, mas um deles bateu o recorde. Foi em Koh Chang, na Tailândia, um bangalô que custou 200 baht (R$ 20) pro casal. Ficamos nele apenas por uma noite, pois chegamos tarde nessa ilha e não queríamos pagar caro em um hotel só parar dormir. Pela manhã mudamos de hotel.
Perrengues de viagem – Hospedagem
Até perdemos as contas de lugares que ficamos em que recebíamos a visita de baratas e outros insetos. Chegou uma hora que a gente nem ligava mais, apenas pegava o chinelo e matava. A gente viu que reclamar não adiantava e se você deixasse alguma comida no quarto, até em hotéis de luxo iriam aparecer algum tipo de inseto pela madrugada.
Moradia
Nesse um ano na Ásia, ficamos a maior parte do tempo na Tailândia. Nesse tempo, moramos em 4 casas/bangalôs e pode-se dizer que nenhuma delas era completa.
A primeira delas era um bangalô no meio do mato, em nosso primeiro trabalho voluntário, na praia de Khanom, Tailândia. Foi aquele primeiro choque e o que já nos fez acostumar fácil a vida na Ásia. Já até falei sobre isso no post sobre minha primeira experiência com o Workaway.
Perrengues de viagem – Nosso bangalô em Koh Phangan – Tailândia
A segunda delas foi bem de frente pra praia em Koh Phangan, quando fizemos um trabalho voluntário por 3 semanas. Era um bangalô com banheiro e mais nada. Não tinha geladeira, nem fogão e para cozinhar usávamos uma panela elétrica.
Cozinhando sem fogão – Perrengues de viagem
Como a gente não podia comprar nada que estragasse fora da geladeira, nossa dieta era baseada em ovos, pão e macarrão. Quando queríamos algo que não podia ficar muito tempo sem refrigeração, comprávamos porções individuais.
Era todo dia a mesma coisa. Tirar todos os alimentos de dentro do bangalô para cozinhar na sacada e não atrair bichos e insetos para dentro do quarto. Fora que como era uma panela só, demorava muito para preparar certos tipos de pratos.
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O coco era pego direto do coqueiro, já que a gente não queria pagar 50 baht ou mais por um. Estava acontecendo uma obra nos bangalôs vizinhos e os pedreiros inventaram um método de pegar coco: usando uma corda com uma pedra.
Uma vez quando eles foram embora eu achei essa corda no chão e comecei a treinar. Depois de uns 30 minutos eu já tinha pego 3 cocos, que a gente abria com uma faquinha sem ponta. Meio que todo dia, no período que moramos lá, eu ia até o coqueiro no final da tarde e pegava algum coco.
Junto a tudo isso nosso banheiro tinha uma privada que não tinha tampa e muito menos uma descarga, sendo necessário usar um balde. O chuveiro não era elétrico e frequentemente faltava água.
Na terceira casa que moramos nossa cozinha ficava pro lado de fora, coisa da arquitetura e costume tailandês. Acontece que não tinha um fogão e sim um pequeno botijão de gás com um apoio para panela que usávamos para cozinhar. Ficamos por 1 mês nessa casa.
Na quarta casa tínhamos um frigobar, mas não tínhamos fogão, novamente e tudo era feito igual na primeira casa, com uma panela elétrica. Ficamos por mais 1 mês nessa casa.
Perrengues de viagem: Alimentação
Aquele cup noodles ou miojo sempre salvavam o dia. Pra ajudar ainda mais, as lojas do 7eleven possuem água quente e tudo que você precisa para preparar sua refeição ali mesmo. Chegou um momento na Tailândia, nessa primeira casa que moramos, que não aguentávamos mais comer ovo.
Era ovo frito, omelete, ovo mexido no fried rice, ovo cozido e de todas as formas possíveis. Dava para comer na rua sem gastar tanto, mas cozinhando em casa saia muito mais em conta. Fora que não dava pra comer comida tailandesa todo dia.
Transporte
O transporte público de alguns países era um aventura garantida. Uma vez viajei em pé, pro lado de fora em um songthaew, aquelas caminhonetes da Tailândia.
Já no Nepal a coisa era mais séria. As estradas são quase todas de terra e esburacadas e os ônibus eram muito apertados, no modelo asiático.
As vans de Kathmandu, a capital do país, funcionavam na lotação máxima, como na foto. Peguei uma que tinha pelo menos 20 pessoas amontoadas dentro para ir de Kathmandu para Patan.
Na Malásia pegamos algumas caronas, com esperas eternas de uma boa alma para nos ajudar. Ainda estamos aprimorando essa técnica que pretendemos usar com mais frequência na próxima viagem.
Perrengues de viagem: Banheiros
Os banheiros asiáticos em sua maioria não possuem papel higiênico. A higiene é feita com chuveirinhos que lambuzam o chão todo de água. Como falei anteriormente, na maioria das casas que moramos na Tailândia, era necessário usar um balde para dar a descarga.
Só que em muitas cidades, principalmente fora da área turística, ainda mantém o vaso sanitário asiático, daqueles enfiados no chão.É necessário fazer as necessidades de cocaras, se equilibrando.
Muitos lugares utilizavam esse tipo de banheiro e até então eu não tinha tido coragem de testa-lo. Só que eu já tinha lido que os banheiros no caminho dos trekkings no Nepal eram dessa forma e minha estréia foi lá, a alguns metros de altitude. Tirando que não importasse a classe do hotel que eu pegasse no Nepal, o banheiro era sempre bem zuado.
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