Quando viajei para a região do Himalais, fiz uma das coisas mais loucas e diferentes da vida: o Trekking Langtang no Nepal. Vizinha ao monte Everest, o Langtang Trekking durou quase uma semana e vou contar meu dia a dia como foi e deixar dicas para você fazer essa viagem incrível.
O continente asiático é o responsável pelo maior número de viajantes com intoxicação alimentar e insolação. A gastronomia é muito diferente da nossa, feita com temperos fortes, a higiene às vezes não é tão levada a sério e o calor é excessivo. O nosso parceiro Seguros Promo é um comparador de seguros viagem que garante os melhores preços. Faça uma cotação e conheça excelentes seguros para a sua viagem, ganhando 15% de desconto usando o código VIAJELEVE15.
Definição de Trekking
Antes de começar a falar, você pode me perguntar: o que é um trekking? O trekking é um esporte aeróbico que consiste em caminhar por uma trilha de um ponto A até um ponto B.
O trekking proporciona um contato maior com a natureza, pois suas trilhas geralmente são feitas em florestas e montanhas. Nesse caso, o objetivo é percorrer a pé desde a cidade inicial até a vila final, mas que fica a muitos metros de altitude.
Distância e altitude do Trekking Langtang no Nepal
A distância percorrida e altitude alcançada no Trekking Langtang no Nepal foram:
- Duração – 5 dias, sendo 3 para ir e 2 para voltar
- Distância percorrida – 38 km pra ir e 38 km para voltar
- Altitude de 1503 m a 3830 m
Vídeo: Trekking Langtang – Himalaias – Nepal
Esse vídeo é apenas um resumo do que foram os dias de trekking por esse lugar incrível, por isso recomendo que assista e veja como é a região. E se você ainda não se inscreveu no canal do youtube, se inscreve lá e nos ajuda com a divulgação. Ao se inscrever, você também receberá notificações dos novos vídeos e viagens que fazemos pelo mundo.
Roteiro dia a dia do Trekking Langtang
Já havia lido um pouco sobre os trekkings no Himalaia, principalmente sobre os mais conhecidos, que são o do acampamento base do Monte Everest e o do Monte Annapurna.
Diversas agências oferecem diversos tipos de pacotes, desde os mais básicos, até os all inclusive que tem todas as refeições, guia, hotéis e um carregador de malas só pra você.
Bom, como não estava com essa grana disponível, resolvi fazer tudo por conta própria e por isso confesso que tive bastante medo, porque foi algo novo para mim e um pouco perigoso por causa das condições, clima e os famosos terremotos da região.
Além disso, não contratei um guia local ou um sherpa para carregar minhas malas. Mas tudo correu certo e vou contar para vocês todos os detalhes de como foi esse trekking.
Não vou entrar muito em detalhes sobre como planejar um trekking, quanto custou e como tirar a permissão para trekking, pois são temas para outros posts que estão aqui no blog.
Então vamos lá, vou relatar o dia a dia como um diário, que fiz a mão durante a viagem.
Dia 1 – Kathmandu – Syabru Besi
Viagem de ônibus: 06h30 – 15h30
Acordei bem cedo e fui até Macha Pokhari, o local onde saem os ônibus para Syabru Besi. Consegui pegar o primeiro às 06h30. A viagem dura cerca de 10h, mas a distância percorrida não passa dos 100km. A estrada é bem sinuosa, não tem asfalto na maior parte do tempo e você vai pular a viagem inteira.
O transporte é um micro-ônibus antigo, sem ventilação, mas o calor do Nepal é suportável quando não está sol. Boa parte do caminho é feito em um desfiladeiro perigoso, sem proteção alguma, por isso prepare-se psicologicamente e fisicamente para essa viagem.
O ônibus para pela estrada para as pessoas descerem e subirem. Ele faz uma parada para ir ao banheiro e outra para almoçar. O visual fica bem legal um pouco antes de chegar em Syabru Besi, ou seja, rende algumas boas fotos, quando o ônibus não tiver chacoalhando (quase nunca).
Cheguei no começo da tarde em Syabru Besi e já atravessei o rio que corta a pequena vila, pois do outro lado começa o trekking Langtang. Escolhi uma casa de família para passar a noite.
Aproveitei para lavar a roupa que tinha vindo, pois durante o frio do trekking seria mais difícil de secar. Jantei lá mesmo, na casa dessa família e tratei de ir dormir cedo, pois o dia seguinte seria pesado. Tomei um banho gelado (ainda era possível) e aproveitei o sol para secar as roupas molhadas.
A partir desse ponto, 90% dos banheiros são no estilo asiático – aqueles com um buraco no chão – que você faz suas necessidades agachado.
Dia 2 – Syabru Besi – Lama Hotel
Distância percorrida: 15km
Altitude: 1503m – 2420m
Tempo: 07h20 – 13h20
Às 06h00 já estava de pé, tomei um café bem leve (erro meu) e dei início ao trekking. Estava nos planos do primeiro dia subir dos 1503m aos 2420m, bem puxado, principalmente porque eu estava fora de preparo físico e ainda estava levando uma vida meio que sedentária.
Andei por mais de 2 horas, cruzei 2 pontes, uma vila até fazer uma parada rápida para fotos em uma segunda vila. Nela existia um banho termal natural, mas não experimentei. Acredito que seja bom no retorno do trekking para dar aquela relaxada.
Segui caminho, dessa vez subindo bastante. Depois de quase 4 horas caminhando resolvi fazer uma parada para almoço e para descansar. Nesse momento eu já estava morrendo de cansaço.
Parei na vila de Bamboo. Você vai perceber o porquê desse nome assim que continuar sua trilha. Essa vila fica a 1970m de altitude, metade do trajeto planejado para o primeiro dia e pedi um Dal Baht.
Descansei por 1 hora e segui viagem. O caminho não parou de subir, mas quando olhei o mapa, vi que tinha percorrido quase 80% da distância do dia. Ainda faltava a metade da altitude, ou seja, a coisa ia ficar séria dali pra frente.
Continuei pelas ladeiras e degraus, cruzei uma parte que mostrada teve um deslizamento de terra recente, mas que já estava arrumando e cruzei uma ponte que estava bem torta.
Cheguei no Lama Hotel às 13h40, já com chuva caindo. O hotel era bem básico com um quarto com 2 camas. Não existe aquecimento nos quartos, apenas no restaurante, esse sendo feito a lenha. Aproveitei o restante da tarde para descansar, jantei e fui dormir bem cedo.
Dia 3 – Lama Hotel – Langtang
Distância percorrida: 15km
Altitude: 2420m – 3430m
Tempo: 07h30 – 14h00
No segundo dia de trekking acordei por volta das 06h. Dessa vez tomei um café reforçado com sanduíche de atum, pão com pasta de amendoim e café.
A paisagem já começa a mudar a partir desse ponto. Isso porque boa parte do caminho é feito por dentro de uma floresta com árvores enormes cobertas de musgo. Parece cenário de filmes como Senhor do Anéis.
Tive companhia por boa parte do caminho, bem como vi que diversas mulas cruzando a região levando suprimentos para as partes mais altas da montanha. Nesse dia caminhei muito e subi mais 1000m.
Há algumas cachoeiras pelo caminho e pequenas pontes feitas de troncos de árvore. Também cruzei pequenas vilas e o rio sempre me acompanhando.
Como no dia anterior, parei para almoçar na metade do caminho, no que sobrou da vila de Ghoda Tabela que fica a 3008m de altitude. Digo isso pois o terremoto de 2015 destruiu praticamente tudo dessa vila. O trekking de Langtang foi o mais afetado pelo terremoto.
Como de costume, almocei um Dal Bhat e descansei por uma hora antes de continuar o trekking.
Na segunda parte do trajeto a vegetação foi desaparecendo, tornando o terreno só de terra e pedras, mas com as montanhas ao fundo. Nesse trajeto, passei pela pior parte do caminho, porque havia uma subida de ladeiras e degraus que durou mais de 1 hora. Acho que subi 200m de uma só vez e cheguei totalmente fadigado.
Cheguei em Langtang depois de quase 7 horas de caminhada e minutos depois, começou a chover novamente. Estava muito mais cansado que no dia anterior e os efeitos da altitude começaram a aparecer.
O hotel era um pouco melhor que o anterior, com banheiro interno e chuveiro quente.
Dia 4 – Langtang – Kyanjin Gumba
Distância percorrida: 8km
Altitude: 3430m – 3830m
Tempo: 07h00 – 11h00
Achei que não iria conseguir subir nesse dia, pois a fadiga era generalizada, mas o trajeto não era tão grande até o final do trekking. Neste ponto qualquer esforço se tornava uma tortura.
O planejado era subir apenas 400m nesse dia, até Kyanjin Gumba. O dia resolveu abrir e agora sim, eu sabia que estava no Himalaia. Diversas montanhas com picos nevados, coisas que você só vê em cartões postais resolveram aparecer. O percurso foi bem mais demorado, pois era o dia ideal para tirar fotos.
Todos que cruzavam meu caminho cumprimentavam, assim como muitas vezes eu é que dava o namaste. Além disso, há muitos yaks, que apesar do seu tamanho, são bem medrosos.
Enfim, consegui chegar no final do percurso e na última vila desse trekking. A partir dali era possível ir até o acampamento base de Langtang ou seguir um pouco mais o caminho, mas sem subidas. É claro que meu corpo não permitiu eu fazer nenhum dos 2.
Para o almoço topei pedir um prato tibetano com curry e um momo doce. Tirei o resto da tarde para descansar e dar uma volta pela vila, pois foi a maior de todas em que havia parado. Uma maratona nas alturas estava para começar e por isso havia diversos atletas tirando fotos.
No fim da tarde uma nuvem gigante chegou na vila. Mas ela não chegou por cima, já que eu já estava em cima. Ela chegou na minha altura. Sabe aquela vontade de encostar nas nuvens sempre que a gente olha pela janela do avião? Nesse dia foi possível.
Fez uma noite estrelada pela primeira vez no trekking e até tentei tirar algumas fotos das estrelas. Depois disso fui dormir.
Dia 5 – Kyanjin Gumba – Lama Hotel
Distância percorrida: 23km
Altitude: 3830m – 2420m
Tempo: 08h00 – 14h00
Acordei bem mal nesse dia. Os sintomas de fadiga, taquicardia e dificuldades para respirar se agravaram e vi que era hora de descer. Tomei um remédio para altitude, arrumei minhas coisas e me mandei sozinho. Meu amigo continuou por mais uma noite lá em Kyanjin Gumba.
Dei uma melhorada depois que tomei o remédio, desci até Langtang em 01h30, parei, deixei um bilhete para ser entregue a meu amigo assim que ele passasse por lá e continuei o percurso até Lama Hotel.
Sim, pulei um trecho, já que estava descendo e seria mais fácil. Dessa forma, com um total de 6 horas de caminhada cheguei em Lama Hotel e fiquei hospedado no mesmo local da ida.
Descansei a tarde toda e só acordei para jantar. Já senti uma boa melhorada na respiração e no coração. Dormi por mais de 12 horas.
Dia 6 – Lama Hotel – Syabru Besi
Distância percorrida: 15km
Altitude: 2420m – 1503m
Tempo: 08h30 – 15h00
Seria meu último dia de caminhada, portanto sai um pouco mais tarde, por volta das 08h30. Tomei um café preto, comi um pão local com manteiga de yak e me mandei. Quase não bebi água durante minha caminhada e isso fez toda a diferença. Enquanto nos outros dias eu cheguei a tomar de 3 a 4 litros de água, nesse dia tomei apenas 1 litro.
Também preferi não parar para almoçar, pois queria chegar logo em Syabru Besi. Isso também fez toda a diferença. Fui parando em algumas partes do caminho para tirar fotos e aproveitar o tempo bom, já que na ida estava tudo encoberto.
Faltando 5km para chegar à Syabru Besi, o organismo começou a reclamar de desidratação. A fraqueza bateu forte e cheguei bem mal no hotel, dessa vez lá do outro lado do rio, do lado da onde o ônibus para Kathmandu partia.
Tomei um banho, tomei bastante água e resolvi sair pra comer. Fui melhorando aos poucos. Jantei e fui dormir.
Dia 7 – Syabru Besi – Kathmandu
Viagem de ônibus: 07h15 – 06h15
Acordei pelas 06h00, me arrumei e peguei o ônibus para Kathmandu às 07h15. De início achei que a viagem seria mais sossegada. Engano meu!
O ônibus parou muito mais vezes do que na ida. Estava um sol forte e o tempo estava muito seco. Não parava de entrar e sair gente e o trânsito fez o trajeto ser bem mais longo. Foram quase 11 horas de viagem na volta. Existe a opção de ir e voltar de carro 4×4.
O que saber sobre o Trekking Langtang no Nepal
Aqui vão algumas coisas extras que você deve saber sobre o trekking e detalhes extras da minha experiência.
Comida no caminho
O prato principal é o Dal Bath, um prato local composto por arroz, creme de lentilha, legumes refogados, um pão frito nepalês e verduras. Você vai encontrar essa comida em todo canto, mas pode ter uma coisa ou outra diferente, como por exemplo eu tive a sorte de ganhar umas batatas fritas.
O legal é que quando você pede esse prato, você tem direito a repetir. O lema dos nepaleses é que você fique de barriga cheia. Ah, esse prato também é o comido pelos sherpas, aqueles carregadores de malas das montanhas. Eles são bem fortes, carregando malas, geladeiras, botijões de gás, tudo nas costas.
No dia 4, como relatei, pedi um prato tibetano que não recordo o nome, mas era uma massa feita de farinha e água que tinha gosto de areia. Junto com ela um mix de legumes e curry. De sobremesa pedi um Momo, um prato local, com recheio de chocolate Snickers.
Tomei uma cerveja nas alturas, uma Everest Beer. Tome cuidado quando for abrir uma cerveja nas alturas. Elas explodem igual champanhe.
Povo e hospedagem
O povo sherpa é um dos mais amigáveis que já conheci. Fui tratado como um membro da família nas hospedagens e a força deles é absurda, tanto que vi muitos deles carregando pedras pelo caminho. Todos cumprimentavam e estavam sempre com um sorriso no rosto.
Em algumas vilas me ofereceram hospedagem grátis e foi assim durante todo o trekking. Isso porque eles não pedem nada em troca e não é nenhum golpe, fique sossegado, mas compre e consuma o que eles oferecem.
Rota e caminho
Ora são degraus, ora são pedras empilhadas. Boa parte do caminho é feito por ladeiras e engana quem pensa que o caminho apenas sobe. Quando você acha que já está chegando na altitude final do seu roteiro, o caminho começa a descer, para depois começar a subir de novo.
Não tem como se perder, pois há sempre pessoas cruzando seu caminho, sejam elas moradores locais ou turistas praticando o trekking. Também é fácil saber se está no caminho certo, pois há muito cocô de mula. Não tem erro!
Há muitas vilas pelo caminho e também alguns esqueletos de vilas. Isso porque muita coisa foi destruída e também foi reconstruída. A última parte antes de chegar em Langtang foi cruzar um mar de pedras com uma trilha feita por meio de pedras de diversos tamanhos.
Além disso, você vai notar que em algumas partes da trilha existem partes com pedras soltas que rolam. São como umas cascatas de pedras, mas fique sossegado, pois você vai cruzar apenas umas 3 dessas pelo caminho. Existem placas alertando para não ficar parado por ali e passar rápido.
Na parte final o vale também se abre cada vez mais, a vegetação era quase nula e a paisagem parecia se tornar mais bela. A partir dali todo o caminho era dividido em 2: o caminho de ida e o de volta. Ele era dividido por um muro de pedra, com inscrições nepalesas. Segundo o budismo, é necessário sempre seguir pelo lado esquerdo do caminho para dar sorte.
Cenário e Clima
A partir de Syabru Besi não existem mais veículos, o sinal da internet é quase nulo e as coisas começam a ficar mais caras, mas nada que assuste tanto no preço.
Minha dica é que tente iniciar o trekking bem cedo, pois todos os dias por volta das 13h00 e 14h00 chove. Os 2 primeiros dias de trekking foram de muita nuvem e não foi possível ver as montanhas, mas depois disso a paisagem ficou fantástica.
Foi lá em cima que os yaks – aqueles búfalos peludos das montanhas – começaram a aparecer. Também vi um macaco branco e cavalos que pareciam ter saído de filmes medievais.
Há alguns templos pelo caminho, caminhos de água formados pelas geleiras e aquele visual de fundo me mostrava que não faltava tanto para o fim.
Saúde
Tive dor de cabeça, meu coração batia rápido e um pouco de falta de ar, tudo causado pela altitude e que pode ser perigoso. A última parte do terceiro dia de trekking foi um pouco de subida e o corpo já não respondia mais.
O ideal é que leve alguns comprimidos do remédio da altitude, se poder, e claro tenha um bom seguro viagem contratado. Não economize nessa parte, nem ache que doença da altitude é lenda.
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Fazer uma cotaçãoPontos Positivos x Pontos Negativos
Pontos positivos do trekking: a natureza, o ar puro, a mudança do ecossistema gradativamente conforme a altitude vai mudando, o povo sherpa e a experiência de estar em um lugar onde poucos vão, quase no topo do mundo.
Lados negativos do trekking: falta de treino aeróbio prévio, não ter seguido as recomendações de subir aos poucos, ter levado coisas em excesso na mochila (mesmo eu não tendo levado quase nada).
Trekking no Nepal com grupo e guia
Como você pode ver, eu fiz todo trekking sozinho, mas você pode fazer com acompanhamento de guia e se quiser em grupo. Abaixo deixo algumas opções de passeios para você explorar as montanhas do Nepal e aproveitar essa experiência fantástica.
Ameiii o relato! Parabéns!! Foi top! Sò não entendi o final, tem um final? Mais uma vez… arrasou!
Olá Ana, tudo bem
Tem final sim, cheguei até onde queria, mas acabei voltando um dia antes, já que passei mal por causa da altitude. Mas só foi descer um pouco as montanhas que já melhorei.
Abraços
O post ficou incrível, super detalhado. Perfeito pra pegar e fazer o trekking com segurança. Obrigado por compartilhar conosco. Eu terei apenas 15 dias pelo Nepal, se não conseguir fazer o Base Camp, coloquei o Langtang como segunda opção pelo curto tempo de viagem. Gostaria de saber … Em que ponto desse trekking, vc precisa apresentar a documentação aos guarda parques (permissão emitida em Kathmandu) ? Abço,
Fala Marcelo, blz?
Que bom que curtiu o post, ficamos felizes em ajudar…
Eles pedem ainda na estrada pouco antes de chegar na cidade base do trekking. Acho que são 2 pontos de inspeção policial próximos à vila.
Abraços